Festival Olhar do Norte 2025 consagra vencedores em noite de premiação

Publicado em 22/09/2025 10:38

Arte & Cultura

Em 2025, o evento organizado pela Artrupe Produções recebeu 832 filmes inscritos para as mostras competitivas Amazônia, Outros Nortes e Olhar Panorâmico, além da mostra não-competitiva Olhinho

A 7ª edição do Festival de Cinema da Amazônia – Olhar do Norte foi encerrado, no domingo (21/09), com a premiação dos vencedores dos curtas apresentados durante os cinco dias de programação. A cerimônia aconteceu no Teatro Amazonas e contou com a exibição do longa “A Natureza das Coisas Invisíveis”, de Rafaela Camelo, do Distrito Federal, para fechar o festival.

O Olhar do Norte 2025 foi realizado pela Artrupe Produções, formada por Diego Bauer, César Nogueira, Hamyle Nobre e Victor Kaleb, em parceria com o Cine Set e a Itaú Cultural Play e apoio da Atelo, Amazonas Shopping e Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa.

Entre os destaques da grande da noite, o curta-metragem “Boiuna”, do Pará, dirigido por Adriana de Faria, se consagrou como o maior vencedor. Foram cinco prêmios levados para casa: “Melhor Filme”, “Melhor Atuação”, “Melhor Direção de Fotografia”, “Melhor Som”, “ItaúCultural Play”, além da Menção Honrosa do Júri Jovem.

“Estou muito feliz e me sentindo realizada, principalmente porque vários setores do filme foram premiados. Saio com coragem para realizar mais coisas e continuar fazendo cinema”, destacou a diretora de ‘Boiuna’, Adriana de Faria.

Parte da equipe que compõe o júri da Mostra Amazônia, Karla Martins, do Acre, é atriz, produtora audiovisual e contadora de histórias. Formada em Artes Cênicas pela Universidade Federal do Acre e pós-graduada no Instituto Superior de Arte em Havana, ela destacou o peso e importância de fazer parte desse momento.

“É uma honra poder apreciar essa janela tão vasta de tudo que é produzido e perceber o tanto de investimento que tem sido feito no audiovisual e que permite a Amazônia chegar em um outro patamar”, afirmou a jurada.

Sucesso de público

Para um dos curadores do evento, Diego Bauer, muitos fatores contribuíram para o sucesso do “Olhar do Norte” deste ano. Entre eles, a presença do público, a maior desde a primeira edição, foi o que chamou a atenção.

“Temos uma meta de cada edição superar a anterior. Esse ano foi uma evolução notável e chegamos até mesmo em um público que nunca tinha vindo ao Teatro Amazonas para prestigiar o festival, por exemplo”, pontuou o curador.

Sabrina Nunes, de 29 anos, veio com a família do Rio Grande do Sul para conhecer Manaus e acabou descobrindo a programação do festival. Para ela, um espetáculo que conquistou todos os familiares.

“Estávamos passando por aqui e nos avisaram do “Olhar do Norte”. Decidimos assistir o último filme e nos conectamos muito com a história. Foi bem surpreendente”, disse.

Olhar do Norte 2025

A 7ª edição do Festival de Cinema da Amazônia recebeu 832 filmes inscritos para as mostras competitivas Amazônia, Outros Nortes e Olhar Panorâmico, além da mostra não-competitiva Olhinho.

Em seis edições, o Olhar do Norte já alcançou 5.200 pessoas presencialmente e 9.000 on-line, além de exibições de mais de 220 curtas em quatro mostras: Amazônia, Olhar Panorâmico, Olhinho e Outros Nortes, 14 longas convidados, 15 rodas de conversa, 20 sessões de debates, 14 oficinas formativas e 10 masterclasses.

Para a identidade visual deste ano, o ilustrador e designer, Yan Bentes, materializou uma imagem poderosa e afetiva: três mulheres — avó, mãe e filha — conectadas por meio das mãos, em um gesto que simboliza não apenas o afeto, mas a transmissão viva de saberes, valores e presenças. Essa imagem sintetiza o tema do festival deste ano: Ensinanças, Memórias e Existências.