Durante entrevista numa rádio comunitária da zona Norte da capital nesta sexta-feira (13), a defensora pública e pré-candidata ao governo do Amazonas pelo PDT, Carol Braz, desmistificou a ideia de que a eleição no Amazonas está polarizada, de que o eleitor só tem duas alternativas para ocupar o cargo de chefe do Poder Executivo.
“Eu fico muito feliz de estar aqui para mostrar ao público, que pensa que não tem opção nessas eleições, por conta das pessoas que já passaram pelo governo e não fizeram nada. Quero dizer que eles têm sim, uma opção para escolher o que é melhor para o nosso estado. Tem uma mulher da justiça, que sempre foi preocupada com o próximo. Estou aqui me colocando à disposição para estar ao lado do povo”, afirmou Carol.
A pandemia de Covid, que colocou o Amazonas em detaque no mundo inteiro pela gravidades dos casos, elevado número de mortes e aquisições de equipamentos susoeitas de super faturamento foi abordada com lucidez pela pré-candidata. "A pandemia é um problema só do atual governo? Não. Entrou governo, saiu governo e a nossa estrutura da saúde está sucateada. A pandemia, então, só escancarou a nossa ferida. Revelou sem filtros como estamos tratando as pessoas nos hospitais. Eu vou começar pelo respeito aos servidores de saúde. Comigo não vai ter maqueiro, enfermeiro, técnico de enfermagem tendo que passar cinco meses sem receber salário. Como é que esses profissionais vão trabalhar se não estão podendo colocar comida dentro de casa? questionou Carol. Ela afirmou ainda “foram profissionais que deram a vida por nós durante a pandemia e não receberam nenhum muito obrigado por parte do estado. A recompensa que eles receberam do atual governo foi cinco meses sem salário ”, disse.

A profissional, que no dia a dia convive com as mazelas sociais e procura corrigir as injustiças, acredita que a humanização do atendimento é o diferencial que falta na saude do estado. “A gente está ali, recebe um atendimento que não é de qualidade, parece que a gente está mendigando para ser atendido. O Sisreg é um sistema que não atende, que além de não facilitar, burocratiza o acesso aos serviços. Uma pessoa até mandou mensagem dizendo que o Sisreg pode ser chamado de ‘Se rasgue’. Não tem transparência. Você entra numa fila que não sabe quando vai ser atendido. Falta consulta, falta especialista. Nossa primeira ação será realizar mutirão de atendimento. Eu gosto de resolver os problemas. Precisamos de mutirões de atendimento. Quantas mães de crianças com deficiência sabem que não tem neurologista para atender o filho? Quantas mães de crianças autistas não começaram ainda o seu tratamento por que não tem sequer um laudo médico? Já chega. Outra coisa, a nossa central de medicamentos precisa ter medicamento para entregar a nossa população. As pessoas tem que tirar dinheiro, muitas vezes da comida para comprar remédio porque o estado não está cumprindo com isso. Então, precisamos equipar os hospitais, trabalhar com os servidores justamente remunerados, facilitar o acesso às consultas”, pontuou Carol.
Além de um planejamento de ações realista, com base nos recursos disponiveis para o setor, em 2022, a saúde tem orçamento estimado em R$ 3 bilhoes Carol destaca que falta sensibilidade à administração estadual. “Hoje, nos hospitais, não temos dignidade. O que falta é sensibilidade. É hora de cuidar do nosso povo como uma mãe cuida de seus filhos. Nenhuma mãe admite que o seu filho não tenha um tratamento respeitoso e eficiente. É isso que eu defendo. Na saúde, devemos zerar as filas de consulta, as filas de exames e acabar com essa vergonha do Amazonas ser estado onde mais morre mulher por câncer do colo do útero. É um absurdo. É um câncer que dá para prevenir. Quantas mulheres já tentaram fazer uma mamografia e não conseguiram? Quantos homens tentaram fazer um exame de próstata e não conseguiram? Já chega! Vamos cuidar do nosso povo”, garantiu a pré-candidata.
Carol defendeu como diretriz o uso racional e equilibrado dos recursos públicos. "O dinheiro da saúde não pode ser desviado, deve ser colocado nas áreas que tanto carecem de estrutura para atender bem. Mesmo na pandemia, o estado teve um superávit de 6 bilhões. Onde foi parar esse dinheiro? Cadê a nossa saúde? Não melhorou em nada. É hora, realmente, de fazer com que o dinheiro do povo chegue a quem precisa. E eu, como defensora pública, posso fazer muito. Mas, como Governadora do Amazonas, vou poder fazer ainda mais”, afirmou com convicção a pré-candidata.
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Fonte: Shirley Assis
*Redação: blogjrnews.com