Ouvir rádio

Pausar rádio

Offline
Capitão Alberto Neto cobra do Ministro da Educação atenção para o Custo Amazônico em audiência pública na Câmara
Publicado em 22/05/2025 10:48
Política

BRASÍLIA – Nesta quarta-feira, 21/05, durante participação do ministro da Educação, Camilo Santana, em audiência pública na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, o deputado federal Capitão Alberto Neto (PL-AM)  cobrou, entre outros temas, atenção para o chamado “custo amazônico” referente aos recursos do MEC repassados ao Amazonas.

 

O parlamentar argumentou que o ministério precisa considerar as especificidades da região, principalmente a questão logística, para que nenhum aluno fique fora da sala de aula.

 

“No Amazonas a gente tem o custo amazônico. Atender a comunidade quilombola em Curitiba é diferente da comunidade quilombola do Amazonas, que passa dias num barco e quando tem estiagem a dificuldade é muito grande o transporte fica muito caro e a diferença não cobre os custos. A prefeitura acaba colocando recurso para os alunos não ficarem sem sala de aula. Que o MEC entre de cabeça nisso para não deixar nenhum aluno fora da sala de aula”, disse.

 

O argumento do parlamentar foi acatado pelo ministro. “Vou acatar aqui a fala do deputado Capitão Alberto, que precisa ter olhar diferencial para região da Amazônia então vou levar isso em consideração”, declarou Camilo Santana.

 

O deputado também defendeu melhorias no repasse dos valores para o transporte escolar e solicitou mais parceria do MEC com os municípios para além dos indicadores.

 

“O MEC não pode ser uma ferramenta só para cobrar, ele tem que ser parceiro. Tem os indicadores que são importantes, mas, se não tiver ferramentas nos municípios mais humildes, como aquele município vai conseguir melhorar o IDEB, nesses municípios vai só cobrar e reduzir o recurso dele a cada ano, e isso não resolve o problema da educação no nosso país”, afirmou Capitão Alberto Neto.

 

Ensino EAD

Sobre as novas regras para o Ensino à Distâncias apresentadas pelo MEC, o Capitão Alberto Neto também solicitou ao ministro que considerasse a realidade do Amazonas, em virtude das questões logísticas do estado que podem comprometer o acesso da população ao ensino superior.

 

“No momento que o Sr. reestrutura o EAD está impedindo que vários amazonenses do interior do meu estado tenham acesso ao nível superior. Quando o coloca que toda estruturação para que tenha a universidade que vai oferecer o EAD, lá em Itamarati que são dias de viagem de barco para chegar, o município não vai ter viabilidade econômica. Assim o Sr. está impedindo que pessoas lá de Itamarati tenham acesso ao nível superior de cursos simples de EAD, como licenciatura. Então queria que o Sr. repensasse esse modelo”, declarou.

 

Educação básica

O parlamentar alertou para um estudo da Semesp que aponta que até 2040, o Brasil deve ter um “apagão” de 235 mil profissionais no ensino básico, o que pode comprometer as necessidades futuras de ensino para os alunos no país.

 

“Se a gente não incentivar, não pensar numa maneira de melhorar a carreira dos nossos professores nós estamos desestimulando os profissionais a entrar na licenciatura e não vamos conseguir atender a demanda que vem por aí”, destacou.

 

PEC 169

Na oportunidade Alberto Neto pediu ao Ministro atenção para PEC 169 que está pronta para ser votada e acaba a restrição para os professores de acúmulo de cargo.

 

“Tenho uma PEC 169 que acaba a restrição de acumular cargo, que tem que ser com carreira técnica. Você tira isso e pode ser de qualquer natureza, desde que haja compatibilidade de horário, assim o professor terá essa opção. Se estiver num cargo administrativo, numa prefeitura por exemplo, que ele possa dar aula à noite”, explicou o deputado.

 

Inteligência Artificial

Considerando a importância da modernização do ensino, no sentido de preparar os alunos para o futuro, o parlamentar comentou ainda sobre a importância de internet de qualidade nas escolas voltada para o uso pedagógico.

 

“Nós estamos vivendo uma nova revolução da inteligência artificial. Nossos alunos têm que se preparar para esse novo momento, e se a gente não tiver internet de qualidade para atuar na área pedagógica e servir como instrumento para os professores nós vamos ficar como profissionais de baixa qualidade.

 

Lembrando que a inteligência artificial jamais vai substituir a presença do professor na sala, mas que o professor tenha uma internet pedagógica para usar como ferramenta e preparar os nossos alunos para o futuro”_, enfatizou o deputado.

 

Fotos: Assessoria de Comunicação

Fonte: Juliana Mattos

 

 

Comentários
Comentário enviado com sucesso!